
No rumo da Fazenda Itaocaia, em Maricá, acabei me perdendo da caravana. Felizmente as placas sinalizadoras do DER-RJ, especialmente confeccionadas para guiar os turistas pelos Caminhos de Darwin, funcionaram. O reencontro com o grupo se deu na placa acima, localizada na Rodovia Amaral Peixoto, a qual indicava a direção de Itaipuaçu.

Outra placa, mais adiante, nos colocou no rumo exato da Fazenda Itaocaia, localizada na Av. Itaocaia Valley, em Itaipuaçu. Como podem ver acima, as placas fizeram muito sucesso!

Chegamos, finalmente, na bela Fazenda Itaocaia. Fomos recebidos por um sol escaldante, apesar da temporada de chuva que antecedeu e acompanhou a expedição ao longo de seus 4 (quatro) dias. Mas o sol não foi a única surpresa de nossa passagem por Maricá, repleta de muito calor humano e aconchego, como veremos mais adiante...

Uma equipe formada por jovens chegaram a cavalo, talvez a nos lembrar o meio de transporte usado por Darwin na ocasião.

Em baixo de muito sol, a cerimônia de inauguração começou com as palavras do nosso mestre de cerimônias, Ildeu. A placa, para quem deseja conhecê-la pessoalmente, fica localizada em frente à Fazenda Itaocaia.

Randal Keynes falou em seguida, como sempre muito simpático e apresentando sua mensagem em inglês, com tradução simultânea. Lembrou-nos das impressões que Darwin apresentou em seu diário sobre a região de Maricá, alcançada através da Serra da Tiririca, tendo parado na Fazenda Itaocaia.

A bióloga Sandra Selles falou sobre a pesquisa realizada na UFF em conjunto com a historiadora Martha Abreu sobre a passagem de Darwin pelo Rio de Janeiro, em especial pela Serra da Tiririca, indo na direção da região Norte Fluminense. Na verdade, essa pesquisa foi um dos pontos-de-partida que possibilitaram a Expedição Caminhos de Darwin.

A placa foi descerrada...

O público presente acompanhou em seguida a esquete teatral onde Carlos Palma representou Darwin, lendo um trecho de seu famoso diário.

Mais um registro do ator Carlos Palma em sua esquete, acompanhado por Randal Keynes que segura em suas mãos a máscara que representa Darwin.

Em um galpão localizado dentro da Fazenda Itaocaia, grandes surpresas nos aguardavam. A primeira delas foi a recepção musical feita pela banda de música Tambores de Ouro.

No grande galpão, muitas escolas e organizações governamentais e não governamentais montaram exposições.

Juliana e Caliandra, alunas do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas que a UFRJ mantém em Macaé, estão aqui observando uma exposição de gravuras que representam diferentes espécies vegetais que Darwin encontrou em sua viagem pelo Estado do Rio de Janeiro. A arte a serviço da ciência. Que tal?

Um dos pontos altos da verdadeira festa que prepararam em Maricá foi a apresentação do grupo de capoeira Leo Pivete.

Randal Keynes ficou encantado pela belíssima apresentação, tendo fotografado e também posado ao lado dos membros do grupo de capoeira.

O Beagle, navio onde Darwin realizou sua viagem de quase 5 anos pelo mundo, representado aqui em um trabalho produzido por crianças da Escola Estadual Casa da Criança Itaipuaçu. Não parecia a Arca de Noé?

A excelente exposição de animais taxidermizados apresentada pela equipe do Parque Estadual da Serra da Tiririca continha, dentre outros bichos, uma lontra, um jacaré e uma preguiça.

Todos esses animais, que incluíam cobras, tamanduá, tatu e diferentes pássaros, foram apreendidos nas mãos de caçadores na área do Parque Estadual da Serra da Tiririca. A exposição serviu para nos alertar quanto à necessidade de preservação de mais essa importante unidade de conservação, da mata atlântica e das espécies que ali ainda conseguimos encontrar.

Para finalizar, antes de comermos uma deliciosa feijoada, tivemos ainda uma coreografia apresentada por um grupo de estudantes, ao som de música da trilha sonora de "O Rei Leão", longa-metragem animado produzido nos estúdios Disney. A foto da feijoada não foi possível fazer porque o fotógrafo estava com muita fome!
Outras informações sobre a passagem da Expedição Caminhos de Darwin por Maricá podem ser obtidas no site da Prefeitura de Maricá, através do seguinte link:
Confira!
2 comentários:
Muito massa essa pequena "expedição" e o trabalho de vcs! Deve ter sido muito emocionante estar no mesmo lugar que Darwin esteve! Achei muito engraçadinho o Beagle construído pelas crianças! Parabéns! =D
Meu pai e minha tia tiveram terrenos em Itaocaia Valley durante mais de 20 anos. Eu andava pra lá e pra cá de bicicleta naquela rua barrenta e invadi essa fazenda algumas vezes. A pedra lá trás também subi (pela mata) algumas vezes.
Era um local meio abandonado, prato cheio pra criançada se arriscar. Depois de mais velho entrei lá algumas vezes pois conheciamos o caseiro de lá. Vi inclusive a ossada da criança na capela que diziam ser filha do senhor de engenho, morta por uma escrava que, reza a lenda, assombra Itaocaia Valley.
O senhor de engenho castigou o marido da escrava que morreu sentado em um formigueiro por dias, não aguentando as picadas. A escrava com raiva jogou a filha do senhor de engenho no melaço quente. Depois subiu na pedra que tem ao fundo e se jogou lá de cima.
Só fui saber que Darwin tinha passado lá uns 15 anos depois de já ter convivido com a fazenda no meu caminho de brincadeiras de criança.
Postar um comentário